No mundo dos negócios, é muito comum que empresas de diferentes segmentos se unam para aumentar sua participação no mercado. Conhecida como joint venture, essa estratégia de colaboração tem o objetivo de reduzir custos, aumentar a capacidade produtiva e ampliar o market share.
Esse acordo firmado entre organizações diferentes, no entanto, não deve ser confundido com uma holding, termo que se refere a uma empresa que controla outras.
A seguir, explicaremos melhor como funciona a joint venture e quais as vantagens e desvantagens dessa estratégia de negócios. Vamos lá? Acompanhe!
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ToggleO que é joint venture?
Joint venture — ou “aventura conjunta”, em português — é um termo que remete aos contratos de navegação marítima, época na qual as companhias marítimas se uniam para explorar novas rotas comerciais.
Com o tempo, o modelo evoluiu para atender as peculiaridades da indústria energética e da construção civil. Atualmente, é adotado por empresas de todos os setores que atuam em único país ou têm abrangência internacional.
Mas, afinal, o que é joint venture? Podemos defini-la como uma parceria de negócios na qual duas ou mais empresas se unem para desenvolver um projeto ou explorar uma atividade econômica de forma mais eficiente.
Em geral, o acordo firmado tem prazo de duração predeterminado, podendo ser de curta ou de longa duração. No entanto, algumas empresas optam por prolongar a parceria indefinidamente.
Como a joint venture funciona?
A joint venture é um acelerador de crescimento no qual as empresas compartilham tecnologia e know-how. O objetivo, portanto, é melhorar a eficiência dos processos e ampliar o alcance da marca.
Por meio da joint venture, empresas que atuam em diferentes segmentos podem unir forças e assim crescer juntas. Imagine, por exemplo, que uma fábrica de sapatos com boa capacidade produtiva deseja vender seus produtos em todas as regiões do país.
Para isso, em vez de enfrentar sozinha o desafio logístico, decide formar uma joint venture com uma marca de bolsas que atue nacionalmente e que tenha acesso a bons pontos de venda.
Assim, a empresa de sapatos se beneficiará da expertise logística da marca de bolsas, enquanto esta poderá utilizar o maquinário ocioso da primeira para aumentar a sua capacidade produtiva.
Também pode acontecer de uma empresa fornecer a matéria-prima e a outra o processo produtivo. Neste caso, uma empresa aprenderá a desenvolver um produto do zero, enquanto a outra passará a oferecer produtos de maior qualidade para os clientes.
Qual é o objetivo da joint venture?
O principal objetivo da joint venture é o crescimento mútuo das empresas participantes. De fato, ao trabalhar em conjunto, as marcas conseguem conquistar mais consumidores e desenvolver produtos que dificilmente poderiam ser criados por uma única empresa.
A joint venture também pode ser utilizada para explorar um novo mercado. Por exemplo, para vender produtos na China, muitos frigoríficos fazem acordos com empresas que conhecem a legislação e as preferências dos consumidores locais.
Também pode acontecer de uma empresa fornecer a outra o capital para o desenvolvimento de um aplicativo ou software que beneficiará a ambas. Aqui, a segunda empresa oferece expertise no desenvolvimento de sistemas.
Vale ressaltar, no entanto, que todos os aspectos do acordo de colaboração devem ser definidos previamente para evitar problemas futuros e garantir uma parceria de sucesso.
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Qual a diferença entre joint ventures e holding?
Ambas as estruturas comerciais envolvem operações coordenadas de diferentes empresas para a conclusão de um projeto. No entanto, há diferenças importantes entre elas.
A joint venture é composta por diferentes empresas que se unem para concluir um projeto específico. Por exemplo, a AutoLatina foi uma joint venture criada pela Ford e pela VW para criar peças e automóveis. No entanto, as empresas tinham autonomia administrativa e o patrimônio de ambas não se misturaram.
E a holding? Nesse caso, uma empresa “mãe” detém o controle acionário de outras, chamadas de subsidiárias. Algumas das holdings mais conhecidas são a Itaúsa, que controla a Alpargatas e o Itaú-Unibanco, e a J&F, que tem em seu portfólio JBS, Banco Original, PicPay, Eldorado Brasil e Canal Rural.
Quais as vantagens da joint venture?
A ferramenta oferece muitas vantagens para o crescimento mútuo das empresas envolvidas. Entre elas, vale destacar:
Acesso a novos mercados
Como dissemos, a joint venture pode ajudar uma empresa a ingressar em um novo mercado, tanto nacional como internacional.
Por exemplo, um parceiro de outro país pode ajudar uma marca nacional a captar clientes com mais eficiência e a desenvolver produtos que atendam a um mercado específico. Também pode ajudar a resolver trâmites legais e a viabilizar problemas logísticos.
Risco compartilhado
Lançar novos produtos ou serviços envolve um certo risco, afinal, não há como ter certeza de que a empreitada será, de fato, um sucesso.
Na joint venture, o risco é compartilhado, de modo que eventuais prejuízos causam menos impacto no caixa das empresas. Assim, caso seja necessário reestruturar a empresa, o processo ocorrerá de maneira mais rápida.
Investimento compartilhado
A mesma lógica se aplica ao investimento necessário para a criação de um novo negócio. Assim, os envolvidos dividem o valor do investimento em partes iguais ou em partes proporcionais à capacidade de captação.
Também existe a possibilidade de uma empresa fornecer tecnologia e outra se responsabilizar pela injeção de capital.
Otimização operacional
Na área operacional, a joint venture elimina o desperdício de matéria-prima e cria processos produtivos mais ágeis. Também contribui para a modernização dos equipamentos e softwares.
Essas ações contribuem para a redução de custos, melhorando os indicadores operacionais e os resultados da empresa.
E quais as desvantagens?
A joint venture também apresenta desvantagens, como destacamos a seguir:
Fracasso do projeto proposto
Infelizmente, nem todo empreendimento é sinônimo de sucesso, mesmo quando há a criação de uma joint venture. Se o negócio der prejuízo, as empresas terão que arcar com os custos, o que impacta negativamente o negócio.
Conflitos entre os participantes
Divergências sobre qual caminho seguir ou a demora para tomar decisões importantes pode levar uma parceria ao fracasso. Pode acontecer ainda de uma parte se sentir lesada e acionar a justiça em busca de reparação financeira ou patrimonial.
Metas pouco claras
Os objetivos devem ser claros e detalhados no acordo de joint venture. Assim, as partes não se sentirão frustradas, pois saberão exatamente o que esperar ao término da parceria.
Quais são os tipos de joint venture?
As joint ventures se classificam da seguinte maneira:
Joint venture contratual
Nesse modelo colaborativo não há a criação de uma nova empresa. Em geral, é adotado por marcas que desejam realizar um único projeto.
O trabalho proposto será de responsabilidade de equipes formadas com componentes de ambas as empresas, com troca de tecnologia e informações.
Joint venture societária
Há a criação de uma nova empresa e o aporte de capital das marcas participantes. A joint venture societária é utilizada por empresas que têm objetivos de longo prazo.
A complexidade da operação exige a definição prévia das funções e responsabilidades das partes e assessoria de uma equipe especializada no assunto.
A FB Advisory é uma empresa especializada em joint venture e na criação de modelos de negócios que beneficiam todas as organizações envolvidas.
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Como ser bem sucedido em uma joint venture?
O primeiro passo para firmar uma parceria de sucesso é ter objetivos claros. Do que a marca precisa? Explorar o mercado internacional ou lançar produtos que atendam a novas demandas do público-alvo?
Para fazer sentido, é necessário firmar um contrato que uma empresa que tenha tecnologia, infraestrutura e know-how que vá ao encontro das necessidades do negócio. O contrário também é verdadeiro: a parceria precisa ser lucrativa para ambas as partes, por isso a sua empresa deve oferecer uma contrapartida atrativa.
Quais são as joint ventures mais conhecidas?
O Brasil tem muitos exemplos de joint ventures:
- Unilever e Perdigão: o objetivo da joint venture entre Unilever e Perdigão era aumentar a participação de mercado das marcas Becel e Becel ProActive. A Unilever se encarregou do desenvolvimento enquanto a Perdigão da produção, venda e distribuição.
- Hulu e Spotify: o pacote de assinatura combinado Spotify e Hulu ofereceu aos usuários dos Estados Unidos serviços com desconto, permitindo que as empresas expandissem sua base de clientes e se tornassem mais competitivas.
- Adidas e a Allbirds: em maio de 2022, as empresas anunciaram uma joint venture para criar um calçado ecológico. Com baixa emissão de carbono, o produto conta com a tecnologia Lightstrike da Adidas, mas é fabricado com cana-de-açúcar de base biológica da Allbirds.
- Sony e Honda: A colaboração visa criar veículos elétricos que combinam a experiência da Sony em IA e tecnologia VR com a eficiência dos automóveis da Honda. O primeiro protótipo, o “AFEELA”, promove uma experiência única nos campos de entretenimento, conectividade e conforto.
Como a FB ajuda nesse processo?
A FB Advisory assessora empresas de todos os setores a fechar parcerias de sucesso, que possibilitam o crescimento mútuo.
O time multidisciplinar da FB Advisory realiza um trabalho de qualidade, utilizando metodologias desenvolvidas especialmente para garantir resultados positivos e que o contrato de joint venture seja firmado de acordo com as normas legais.
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